Todas as agências bancárias de Mongaguá amanheceram com cartazes colados do lado de fora informando sobre a greve dos bancários que tem início a partir desta terça-feira (06).

A paralisação é motivada pelo desacordo entre funcionários e patrões sobre reajuste salarial. Os bancários prometem ficar de braços cruzados até que os bancos aumentam a proposta.

Os trabalhadores pedem 16% de aumento e uma série de melhorias salariais e de segurança no trabalho. Já a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece, até este momento, 5,5% de reajuste e um abono de R$ 2.500,00. Não há rodada de negociação marcada pelas duas partes para os próximos dias.

Com as agências fechadas, os consumidores devem ficar muito atentos para o pagamento de contas, pois a greve não livra o cidadão de cumprir o prazo de vencimento de seus débitos.

“Quem cobra do cliente deve oferecer um meio alternativo de pagamento. Com o banco fechado, pode-se passar uma conta-corrente para o depósito do dinheiro devido, emitir novo boleto ou o incentivo ao uso da internet. O fato é que o cidadão não pode ser prejudicado pela greve”, diz o coordenador do Procon em Santos, Rafael Quaresma.

A coordenadora da Diretoria de Atendimento ao Consumidor do Procon-SP, Renata Reis, explica que todo cliente tem o direito de exigir seus direitos, mas não adianta ir ao Procon sem documentos.

Todas as tentativas de pagamento de boletos, faturas e contas devem ser registradas por e-mail, números de protocolos ou nomes de atendentes. “Isso mostra que o cliente teve boa-fé”.

Segundo Renata, as greves dos bancários já provocaram muita dor de cabeça em anos anteriores, mas de uns tempos para cá isso diminuiu. Tanto pelo fato de as empresas estarem mais preparadas para as greves quanto pela ampliação de correspondentes bancários.

“Hoje, lojas, padarias, farmácias e outros estabelecimentos comerciais prestam serviços que antes eram exclusivos dos bancos. Mesmo assim, o Procon está sempre à disposição de quem se sentir lesado”.

* Fonte: A Tribuna